quarta-feira, 19 de dezembro de 2012



Percebo de muito que dou-me o que quiser,

posso dar-me a atenção que mereço

e só assim,

ao passo que posso falar-me

poderei me
ouvir.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

 Os conceitos...
São como constelações, em numero,
ao redor da cabeça de um homem-planeta.
Este gira.
Absorve a luz apenas das que o reflete do fogo que queima em seu núcleo,
com o intuito de ser devorado totalmente por essa chama, 

e a torne maior que ele próprio.


(conceitos, ou 
a divercidade de informação)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012



                                           Carvão, Aquarela, Nanquim no papel Canson

                                             Carvão, Aquarela, Stabilo no papel Canson.


Carvão, Aquarela, stabilo no papel Canson







Aquarela, Stabilo, Papel canson

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Repressão, inaturalidade, causam tensões.
 O corpo por instinto reage, se protege, o músculo enrijece.
O indivíduo não se toca e mais ninguém o faz tocar: 
vira algo rotineiro, costumeiro, 
o corpo se habitua aquele estado e já não há outro. 
E em pequenas couraças, uma aqui e outra ali, o corpo se transforma pedra, o caráter. 
Dai outras pedras sairão.
 Pedras que se chocam e não esfarelam.
De toda a dureza corre um fio de vida, no âmago onde só a alma alcança. 
E passa por qualquer barreira sólida facilmente.
 Essa mão que puxa é uma brecha até das mais funcionais fortalezas. 
As bases trepidam, o castelo desmorona, e fica-te vulnerável a vida.
As pedras se dissipam uma a uma. 
A grande rocha fica para traz como uma carcaça inútil e estranha de um animal.
 E a montanha do mundo ficara menor após.
O corpo já não pesa, cai leve, se esparrama.
 Escorre por cada fresta da caminhada, adapta-se em qualquer superfície. 
Se mistura, se separa, se condensa, evapora, se esvaia. 
Evapora e chove, sobe aos céus desce a terra. 
Entre isso, se o corpo para, a mente não funciona.
 Se a mente para, o corpo irracional.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Moscas conceituais
são palavras aladas
ideias singulares
em circulares vôos

sao frases, pousadas.
poesias,
que se derivam do olhar.




(nuvens de moscas, ou 
desvio de atenção no trabalho)
Já não sei a diferença entre homens e pombos.
lutando pra comer, multiplicando.
sem além, me assombro.
vivendo às sombras, colhendo as sobras.
matando, morrendo, nascendo:
NADA! entre as palavras.
nas ruinas, neste céu cinzento.



(cidades)

segunda-feira, 14 de maio de 2012


o frio, a dor, também o amor
são coisas da alma
se bom ou ruim
se há ou não
não se caracterizam por palavras.
o frio não é ruim
a dor não dói
não há amor no amor
a maneira como é recebido
e não como foi entregue
são coisas da alma.



(Poesia, tangerina e noite)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

"Espero
Me espelhar e sem esperar

Algo de alguem ou algum lugar.
Sincero.
Sem "ser" ou "ter"
e saber que só resta "estar".
No rumo, no muro, no mundo
horas de luto
minutos seguintes,
segundos...
onde já não há chegadas
só partidas."





(Bússolas)

segunda-feira, 19 de março de 2012



Ao passar dos anos as águas ficam menos turvas

e no caos vou organizando 
e sorvendo à medida que for me cabível.
Os sapatos já não apertam como na chegada,
me servem auxiliando minha caminhada,
tenho os pés livres.  
Exageros, águas fora de um copo transbordado, 
invisíveis aos meus olhos 
só bebo o que esta dentro.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O que vejo, escuto, sinto... O que me permito!
 O céu e o inferno, meu olhar, onde decido estar. 
As pedras já não são responsáveis pelo tombo.





(escolhas /
ou erros)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012




Usei o mesmo processo de "esculpir" após uma representação de figuras geométricas, a proporção entre essas figuras da grande diferença no final. "Sereno" ... Esses olhos, a maneira como desliza no mar.
Sem mais.
Carvão, aquarela e stabilo no papel canson

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"Vulgo, vida terrena vã
todo esse conformismo
todo meu descontento
já não me deixam tentar
a vulgar vida que eu tenha
nem a vagar pela terra
só navegando no ar
mas me fez perceber
que já vivi mil vezes
não sei quantas vidas
nessas vindas e idas
nem onde parar."



(Fernão)


Depois de dois "abandonados", eis que surge um!
Apesar do abandono não diria que foram em vão. Esse é a segunda tentativa, depois de estudar um pouco a imagem vi onde vacilei, ou não, mas "enxerguei" o resultado final. Estudando a imagem e percebendo que domina a cor branca, focalizei mais nas sombras e no contorno.
Percebi que tenho dificuldade de enquadrar um desenho ou fazê-lo em um tamanho desejado, por isso nesse comecei traçando as asas, pois nela há toda a largura da imagem. Não me preocupei de desenhar detalhado, fiz a forma de uma maneira simples geométrica depois quebrei isso. E falando em detalhes e o desprezo deles, esse foi o segredo para sair alguma coisa nessa segunda tentativa. Na anterior fazia uma "cópia" e por isso abusava da borracha em traços não desejados, principalmente nos detalhes da asa, já esse não me preocupei com isso. Falando em "detalhes" refiro-me a cópia, mas abusei no quesito "detalhes" em tecnicas ate mesmo por voltar a usar o esfuminho e mexer e remexer ate sair algo desejado. Parece que tinha esquecido dessa coisa inacabada que tanto gosto, e quis voltar ao preto e branco, carvão domina.
O legal do carvão é isso, ele é bem maleável e é muito bom para fazer em etapas ao invés de colocar elementos importantes e detalhes de uma só vez, primeiro faço a grosso modo depois vou esculpindo. Usei aquarela na ponta das asas, em outras áreas com moderação.
Essas linhas escritas já as tenho há algum tempo. Nessa época fazia apenas desenhos digitais, e as fiz após ler uma obra de Richard Bach, no qual esse animal foi usado como metáfora.




segunda-feira, 23 de janeiro de 2012




modelo fotográfico.
Queria poder desenhar com modelos vivos, mas as unicas coisas que vejo em sao paulo sao pombos e pardais. Sem menospreza-los.
Tá bom esse me convenceu da importância de não desistir de um trabalho. Quando acabo de fazer toda a base com o carvão olho e penso "não ta legal", é ai que começa a diversão.
Apesar da escassez de cor esse foi o desenho mais colorido que ja fiz, acho que nao tinha como retratar um animal colorido por natureza em preto e branco. Mas fui cauteloso quanto a isso, pois o que permanece ainda é escalas de cinza, a cor foi usada somente para mostrar onde estao situadas na obra original de Deus. Os indios dizem que quando se reúnem vai vir chuva, pois eles adoram tomar banho de chuva. São monogâmicos, apos achar uma parceira ficam pelo resto da vida juntos, e bocejam quando estão com sono.
Novamente antes de aquarelar eu envernizei, isso evita sujar as cores na mistura com o carvao. E tambem por estar envernizado, dificulta o papel absorver a tinta, quebra um pouco a uniformidade do tom, areas com tinta mais concentrada e outras mais ralas, usando o pincel da para controlar isso.
No contorno do galho usei uma caneta mais grossa comprei recentemente.

"Respirar", não é apenas algo involuntário que nos mantém vivos, tenho que lembrar de respirar as vezes.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012




Modelo fotográfico.

Me guiei pela fotografia mas como sempre, faço minhas modificações.esse desenho ficou bastante tempo encostado antes da finalização. Eu o olhava e tinha a impressão que essa minha técnica de desenho já deu, não estava mais funcionando, sei la, resumindo não tinha visto nada de mais naquele desenho. Então antes de usar a aquarela resolvi preenche-lo com mais carvão. Fiz o mesmo esquema do anterior, primeiro envernizei depois aquarelei. Ai então deu resultado. Curti bastante esse efeito da aquarela escorrendo da orelha, e a combinação aquarela sobre carvão. Meus desenhos são livres, mas todos eles carregam características parecidas alem do material utilizado, já possuo um traço, algo que dá para reconhecer o que é meu e o que não é.


Escrevi ali "acalmar a mente”, estava lendo um livro onde apareceu essa frase e isso ficou. De inicio não tinha relação com o animal, diferente de "memória" do elefante, mas vai se saber o que passa na cabeça de um lobo!?. A idéia era misturar mesmo, duas coisas diferentes sem relação que no final das contas acabou combinando muito, o lobo ficou com um ar mais sereno. E foi bom pois assim que bate o olho no desenho vê ali estampado "acalmar a mente". E pessoalmente preciso disso. Neste momento algo mudara em quem olha independente da situação em que esteja, é um "Desenho Subliminar Escancarado". Mas resumindo isso tudo esta sendo muito importante para mim cada vez mais. Para mim desenhar não é um dom, acho que nunca foi, é mais uma necessidade mesmo.