Modelo base: fotografia.
Esse segue a linha dos primeiros que fiz, no final não tinha prevenção de dizer nada, apenas desenhar, ficaria legal com algo escrito, mas também não tinha nada em mente. Percebi que nos meus desenhos faltava um pouco de surrealismo essas coisas sem nexo estilo salvador dali, principalmente quando uso figuras humanas, mas não tem nada nesse, quem sabe num próximo. Apesar de ser só uma representação humana, tinha algo de vivo nesses olhos penetrantes.
No lenço na parte da cabeça, fiz essa formas essas figuras geométricas não fiz em todo o lenço, não ficaria tão legal. Já no resto pintei com carvão e usei aquarela, da para ver na parte de baixo do desenho ficou exposto ainda trechos com carvão dando essa tonalidade acinzentado claro.
Próximo a testa da para ver minhas digitais a carvão, propositalmente.
Há uma sensação diferenciada na folha em branco, nos primeiros riscos e ate no esboço, as vastas possibilidades e o desenho vai se mostrando assim como uma mulher se despindo para em fim o momento mais esperado, diferente da conclusão quando vejo que já não tenho o que fazer, mas também ha satisfação final e posso respirar aliviado.
Uma vez li em um livro em qual um personagem pintava quadros de tirar o fôlego, e já terminado cada obra ele contemplava por alguns instante e logo em seguida o jogava na lareira, destruía. Talvez seja esse o ultimo "toque" o próximo e ultimo passo para a finalização. Criar é destruir. Após o primeiro risco destruo o branco o vazio, dai vem uma sucessão de destruição apos destruição com qualquer elemento novo, com qualquer alteração, e no final quando sentimos a completude da intenção da criação, não ha nada mais a fazer se não destruir para em fim começar de novo. E guardá-los talvez seja pura vaidade, reve-los é estar preso ao passado. Talvez em um futuro eu entenda melhor isso, e quando fizer apenas por prazer, em um período improdutivo, posso adotar isso como solução.
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