Não há pessoas.
não há você nem eu.
mas algo já existiu.
e os dias se passam assim,
com manifestações de tudo
que se possa sentir.
as vezes ódio
as vezes afeto.
não há pessoas.
não há ódios nem afetos.
enquanto os dias estão quietos.
e essas bagunças vindas dos outros sou eu,
e a calmaria de desertos.
já não há dias, bagunças nem desertos.
não há pessoas
já não me vejo em meu reflexo
já não há eu.
mas algo já existiu.
menor, exatamente porque existiu.
quando se perde o que é
não há tamanho,
não há limites,
não há fronteiras,
não há eu.
Não há pessoas.
[Disforme]
Nenhum comentário:
Postar um comentário